terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Moça Loira

Não acredito em sua verdade moça loira

Somente sei da sua ausencia permanente

Mas que droga, pensa que sou mais um rapaz tolo


Não acredito em seu amor moça loira

Entreguei minha Integridade e você apenas me observou

Confesso que sou paciente, otario e inocente Perante sua Argúcia


Verbalmente sua falta é grave, assim como o substantivo em si o é

Com isso, sua oportunidade fora sua queda final, então, me esqueça

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Senhorita Tristeza

Calada, morta e paralisada a mulher se encontra

Ela grita, chora em meio uma trovoada e desaba

Sem ajuda, sem amigos e sem amor


Morta, dolorida e ferida pela falta de paixão

Não conhece o prazer, o desejo, e o sexo

REPRIMIDA, maltrada e desdenhada sem fazer nada


Com medo do medo, sem vida e sem cor é conhecida por sua tristeza


Menina, velha e virgem em um corpo escultural e caquetico

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Amor Revelado

Seu olhar intenso gritante chapa Meus Olhos cansados
Mesmo eu confuso querida, adoro o maldito porre
A intensa embriaguez de amar você

Hoje vou vomitar enfim:

Sem dúvidas vou vomitar, irei expelir os sentimentos românticos

E com uma lâmina afiada Rasgar minha carne terrena

Para que POSSA construir com dor de parto como chagas da Paixão

Odeio sua cortina de fumaça hollywoodiana

Mas adoro vivenciar seus vícios

É um puro e pecaminoso inferno celeste

Formado com seus Anjos e Demônios

Prefiro você em um profundo e absoluto Pecado

Afinal veja o horrível mundo lá fora

E sei que você não pertence mais a ele

Já não é parte da frigidez, escondida, falsa e impotente

Confesso, às vezes só quero uma transa casual

Ou sentir sua boca em mim

Porém sempre quero seu cheiro

Sempre almejo SUA PRESENÇA

Sempre Aspiro seu gosto

E fazer amor loucamente Entrelaçado aos seus dotes é o ápice

Através Posso ver sua alma de seu belo corpo

E quando provo toco seus seios seu coração

É apaixonante amar, brigar e até mesmo pecar com você

Você sabe Tornar a vida prosaica em um orgasmo múltiplo.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Rosa de Pedra

Eu poderia dizer coisas lindas sobre nosso amor

Mas agora não sei se isso é relevante

Afinal nem mesmo tenho idéia de quem sou eu

Às vezes esqueço nosso presente

Apago nosso passado

E desdenho nosso futuro

Mas no auge da loucura ainda tenho lampejos

Em meio ao nevoeiro ainda me lembro das canções

Graças ao velho vinil que me traz memórias inspiradoras

Porém quando a agulha para me torno monótono novamente

Mas mulher de lágrimas e sorrisos

Seus cabelos longos e castanhos me distrai

E seu olhar me atrai de volta a realidade sem descaso

Agora vejo e entendo que tudo é um mix de amor e paixão autêntica

Realmente nossos sentimentos são fatos reais

E não uma ficção barata

Sem graça e de olhos sonolentos

Sem pieguices, mas com palavras de lamentação e consternação

Defino nosso amor como um lago em meio à selva de pedras

Com publico, poluição e barulho urbano

Sem peixes ornamentais, sem contos de fadas

É doloroso, mas é legítimo

Sem farsa disfarçada de mentiras encantadas

Agora sei quem sou, sou o amor real, sem fama e sem grana.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Mentiras

Eu nunca ti vi assim, sem calor e sorriso cristalizado

Isso preocupa o menino que agora se manifesta

Não sei como lhe dar com o sofrimento

Ele é um mistério doloroso, triste e maldoso

Não quero um teste desses

Vou correr pra bem longe e mergulhar no lago da morte

Não a morte final, mas aquela que encontro no gim

Minha idade agora não condiz com a experiência que fingi ter

Sou frágil como a louça da antiga cozinha

Homem, mas não guerreiro como Lancelot

Nem rei como Arthur, apenas um simples mortal

Prometa não me pedir que fique ao seu lado

Eu suplico, não quero carregar esse fardo

É demais para meus ossos cansados

Talvez eu não a ame, talvez eu seja um covarde

Talvez apenas esteja com medo da nova verdade

Mas nada posso dizer além de nada dizer

Você somente me ensinou o amor

Nunca me apresentou a tristeza

Somente conheço o prazer e o gozo ao seu lado

Não vem agora me criticar por ser ignorante na dor

Eu lamento, porém nada poderei fazer

Nesses termos deixo sua cama

E também abandono seu coração

Seu corpo e sua alma

Todos malditos manipuladores de meu eu

Sendo assim, lhe digo com desgosto

Jamais poderias mentir

Após todos os momentos

Não deverias mentir

Isso eu não aceito

Chorarei como uma pedra

Sem lágrimas e paralisado

E suas palavras jamais serão de amor novamente

Serão falsas e falaciosas

Mas nunca verdadeiras

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ressaca

Ressaca covarde

Boca de morte

Olhos empoeirados

Cefaléia horrível

É de destruir

Provei a gota do inferno

Deram-me o néctar que agora é veneno

To com medo

Meu corpo treme

As paredes estão rodando

É a roleta do porre

Quanta loucura em uma mente confusa

O pior que sei que existirão mais doses

Não de água

Mas de águas

Estas que matariam a pureza de um santo

Meu corpo não aceita alimento

E tenho um perverso sentimento de culpa

Nada me lembro do ultimo luar

Estou apagado

Sem carteira

Sem vento e sem passado

Mas logo estarei pronto

Pronto para o sangue do pecado novamente.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Coma

Sinto cheiro de hospital

Mas não penso

Estou paralisado

Meu corpo é pedra

E minha mente é nula

Estou em coma profundo

E nem sei por quê

Escuto vozes

Mas de quem?

O que dizem?

Parece com a voz de um familiar

Não estou processando

Onde estou mesmo?

Não sinto medo

Nada consegue me fazer temer

Que estado estranho

Será que é uma fase da morte?

Quanto tempo eu tenho?

Será que vou despertar agora?

Talvez demore anos!

Quem sabe a vida toda!

Estou vulnerável os meus inimigos

Sou alvo morto porém vivo

Meu coma é contraditório

Porque às vezes tenho lampejos

E outras vezes nada sou

Além de um peso imóvel

Que ouve e senti odores

Mas nada faz pra se comunicar

Porém o que importa

Nada posso fazer

A não ser estar aqui

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Recordações II

Há coisas que chegam

Há coisas que vão

Mas em minha lembrança

Sempre estarão


Aqui ou ali

O velho limoeiro

E o ferro que vão

Na fumaça da linha rumo a serra serão


Não sou rei

Mas sou sábio a minha velhice

Que começou na meninice

Com gude, com pipa, com ciranda


Fui jovem

Sou velho

Serei lapide um dia

Mas também recordações de alacridades

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Aroma Imaginário

O cheiro do amor que explica a fúria da vontade, aquela intensa e selvagem vontade de sentir o calor da alma e do corpo entrelaçado da bem amada. Cheiro de Rosas ou de Jasmim, quem sabe canfora ou lírio do campo, é intenso saber que no auge de minha solidão um dia você poderá aparecer e me surpreender, sua vaidade seus cabelos de ouro e sua beleza delicada e pálida, por enquanto imagino seu cheiro, o sabor do cheiro e envolver, será que virá como uma fragrância importada do país das mais belas artes ou com algo barato e chulo, mas isso pra mim agora é o que menos importa, pois a saudade que sinto de um corpo que nunca tive e uma boca que nunca beijei é estranha e talvez fugaz, porém nesse momento de loucura poético-mental nada posso escrever além do quanto sinto falta do que ainda não sei.


Talvez em outro momento escrevesse uma bela carta, e pediria respostas com uma gata de seu perfume manchando o papel, mas hoje sou uma mutação que teme a paixão e o amor, quem sabe é uma tendência das pessoas, valorizarem o cair fora, afinal o sexo não é mais tabu, é fácil e sem compromisso, mas o amor e a paixão viraram sim uma barreira paras os corações inflamados de carência afetiva.


sábado, 17 de outubro de 2009

Amada Oculta

Viver sem ter, sem ser, sem crer, sem ar

Pra que viver sem respirar o ter?

Pra que sonhar sem querer querida?

Nem mesmo isso tu sabes amada


O nascer após a morte é morrer

Há coisas que transformaram pro amor?

Há coisas que massacrarão angustia?

Nada além de mentiras amada


Com você aqui eu não estaria próspero

Estaria com nojo e náuseas justas

O olhar pérfido não me fita mais


Sem você aqui eu ficaria embriagado

Estaria com nojo das saudades

Os seus azuis me perpetram dores

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Flamengo Eterno

Time de Pet e Imperador


Sou Raça, Sangue e em campo goleador...


Eu não sou um,


Nem um milhão


Eu sou eterno, sou clamado sou mengão.




Torcida louca e apaixonada,


Daquelas que estremecem a arquibancada,


Eu não sou um,


Nem um milhão


Eu sou eterno, sou clamado sou mengão.




Todos temem o urubu,


Seu vôo é alto e bem mais alto nos flas x flus


Eu não sou um,


Nem um milhão


Eu sou eterno, sou clamado sou mengão.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Primavera

A sensível gota caiu na primavera

Mas você não estava lá

Então olhando o céu chorei

Meus prantos causaram trovões

Formei um lago de lágrimas

E você querida

Estava lá

Por isso

Mergulhei buscando você

Infelizmente as águas eram profundas

Afoguei-me ao seu encontro

Agora estou só novamente

E já não é mais primavera

Maçã

Levaria um tiro por você

E mesmo assim não morreria

Só deixaria de existiria se você pedisse

Sua cruzada de pernas me atrai

A voz calma é seu melhor cartão

Se você fosse outra te amaria

Até mesmo gastaria minha fortuna

Queimaria todo meu corpo

Saltaria da mais alta ponte

E continuaria intacto para beijá-la

Mas você poderia ser mais

Porém poder não é ser

Então agora lhe dou as costas

Nego a você meus olhos

E também minha voz

Por isso escrevo essas palavras

Estas que sem dúvidas

Foram feitas para olhos e não ouvido

Sendo assim fique com essa maça

Essa fruta de sangue e pecado

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Dez Ventos

Sopre dez ventos
Esteja de ponta cabeça
Veja tudo de pernas pro ar
Sangue, veias e eu
Compreenda, agora não é somente foi
Agora não é ou foi ontem
Presente significa suspiro
Suspiro, respiração e toque
Lembre...
Lembre dos deliciosos verões
Pense, sorria e siga
Não se esqueça dos invernos
Aqueles dias frios e amargos
Reflita, chore e aprenda
Afinal, não esqueça
O futuro é um ponto de vista
Vidas são correntes
A primavera chegou querida
Anteontem as flores voltaram
Mas ao piscar de olhos elas se vão
Porém aqui não há problemas
Tudo é um ciclo natural
A cada vela
Novas experiências
Existe somente eternidade em você
Então não lamente
Deve se encantar
Encante-se e celebre a vida
A sua maneira
Do seu jeito
Sem culpa e culpados
Por fim
Verá que a vida pode ser esplêndida

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Invictus

Meu belo verão com noites quentes
Equinócio de amizade e amante
Luz e escuridão de eras iguais
Com lucidez de beijos ardentes.

Eu te conheço em nossos marços
Mas em setembro já não sei quem é
A linha não é demarcação pra nós
Mas o amor soberbo já tem fronteiras

Confesso que entenderia a Cabala
Por você me tornaria místico
Eu conheceria a Deus e o Universo.

Solstício pagão que me recordo
Sol invictus eu sei eu amo, de muito
Mas com claridade vitoriosa.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Asas Inúteis

Às vezes sorrindo muito canto,
Mas em off também sorrindo choro,
No meu canto sentindo meus prantos,
Nesse que me faz sorrir às vezes,

Sou pássaro ferido na gaiola,
Até mesmo minha água não é minha,
Criatura mutilada sem cortes,
Machucada com asas inúteis,

Moleque porque não me deixa voar?
O meu lindo canto é triste e preso,
Mas alforriado será mais belo!

Menino porque não me deixa voar?
A melodia está melancólica,
Mas no limoeiro será próspera!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Sexta

Sexta, o que dizer sobre esse dia? o sexto dia, dia em que Deus criou o homem, e não por acaso, pelo menos penso que não, sexta é um dia afrodisíaco, por que o ser humano é isso: paixão, instinto e emoção de prazer; aproveitando o dia de nossa criação, desejo que essa sexta seja de muito amor e paixão, paixão quente como o verão de Copacabana.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Eu lírico

Sou o amor, o desejo e o medo,
sou a loucura e a certeza,
sou o tudo e o nada,
sou humano e animal,
sou simples e complexo,
sou o grito e o silêncio,
sou a pessoa e a multidão,
sou a arvore e o vento,
sou o banco e a calçada,
sou a luz e a escuridão,
sou o homem e a mulher,
sou a criança e o idoso,
sou a lágrima e o sorriso,
sou o traído e o amante,
sou a bala e o alvo,
sou o pecado e purificação,
sou o céu, o inferno e o chão,
Afinal sou apenas um ponto de vista.

Sentir a...

Sentir a...
Nostalgia de minhas palavras
Ditas, escritas e escutadas
Mas todas bem aventuradas
Sentir a...
Saudade de minhas alvoradas
Lindas, cheirosas e quentes
Sem descrenças e contentes
Sentir a...
Lembrança de minhas criancices
Travessas, inocentes e felizes
Com amigos, peões e bola de gude
Sentir a...
Nostalgia de meus primeiros dentes
Leitosos, sorridentes e frágeis
Mordia maças, peras e amorosas
Sentir a...
Saudade de minha terra
Amável, pueril e simples
Nela choravas, brincavas e sonhavas
Sentir a...
Lembrança de meus amores
Extravagantes, bonitas e diferentes
Às vezes puras, impuras, mas belas mulheres.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Você

Eu tinha que ver você
Tinha que olhar seus cabelos
E ver novamente seus olhos castanhos
Eu tinha que escutar você
Tinha que ouvir suas doces palavras
Palavras de amor e amizade
Realmente ver você era necessário
Por isso estou aqui
Aqui na sua frente
Frente a frente
Face a face
E é tão bom
É maravilhoso sentir o vento
O seu vento
Ver como o soprar bagunça seu penteado
Venero o sentir
Sentir, respirar e até mesmo inspirar
Seu perfume adocicado
Este que às vezes me faz espirrar
Mas é perfeito como o momento
Confesso que não poderia
Jamais poderia estar em outro lugar
Enquanto todos estão no carnaval
Aqui estou
De longe
Mas estou com você
E para mim isto basta
Então em pensamento peço a você
Cante aquela música
Aquela que somente nos sabemos
Declame nossa poesia
Mesmo se for somente sorrindo
Ainda assim declame
Cante e declame nosso amor
Sua voz é bela
Lindamente bela e preciosa
Serena e sensível
Perfeita para o amor
Nosso amor
Seu único e intrigante vocabulário
Tilinta sempre na minha mente
Ninguém fala ardor e desejo como você
Por isso e outras coisas estou aqui
Meu coração é testemunha
E meus sentidos são seus informantes
Não desista de estar comigo
Fique aqui
Esteja aqui
Aqui é parte de nós
Não suportaria viver se você partir
Olhe para traz e se arrependa.

A Cegueira do Romance

Sou piegas por você.
É o que me dizem,
Só pelos seguintes motivos:
Não posso ver seus defeitos,
Ah claro que enxergaria,
Mas não há nada pra se ver.

E é impossível escutar seus insultos,
Que insultos!
Digo eu;
Nem mesmo as reclamações existem,
Quanto menos os palavrões,
Afinal não tem turpilóquio,
Sua boca é limpa, pura e mansa.

Defeitos!
Quais defeitos?
Você é perfeita.
Não só aos meus olhos!
Mas aos olhos do mundo.

Sua voz é serena
Seu grito é sereno
Seu canto é sereno
Até mesmo sua fúria é...

Não sou louco,
Não sou apaixonado,
Só porque daria minha vida por você
E sou viciado no seu sexo,
Ah!
Essas pessoas falam de mais...
Aff...
Pensam que sou cego!
Tolos...
Rsrsr...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Despedida Distante

Quem sou eu pra você???
Quem eu sou pra você querida???
Um amigo oculto,
Um amigo invisível
E um ombro amigo?
Será que você não me ama?
Não enxerga?
Não deseja meus carinhos?
Não ouso aceitar a sua amizade,
Isso é demais pra mim,
É doloroso não te tocar,
Não sentir você
Vê-la e não tocá-la seria muito,
Sendo assim,
Digo que vá,
Mas nunca olhe pra traz,
Pois não estarei a sua espera,
E também não estarei aqui,
Afinal é impossível estar sem você,
Não me olhe com magoa
Não me visualize com esses olhos penosos,
Deixe-me!
Não suporto seu desprezo,
Meu amor sufoca minha razão,
Sou piegas por você,
Por isso quero ficar a distancia,
Quero sofrer a distancia,
Sentir a dor em meu travesseiro
Inundado de lágrimas
Mas não pense nisso agora,
Siga seu caminho
Um dia quem sabe
Ficarei bem
Afinal nem um beijo seu eu senti
Não sei o gosto de sua boca
Nem o calor de seu sexo,
Talvez meu amor seja tolo
Talvez nem seja amor,
Mas nada sei agora
Então digo até logo
De longe,
A essa longa distancia
Sem poder nem ao menos sentir seu cheiro
Digo até logo...
Até logo...
Querida...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Volição Virginal

Almejo destroçar seus lindos seios,
Machucar seu coração com idolatria,
E beber o seu doce sangue virgem.

Anseio ferir sua pura alma,
Sugar suas forças com pecados,
E pisar ferozmente em sua certeza.

Cobiço ferir seu ego precioso,
Inflamar seu vergel com esperma,
E cuspir em sua beleza com saliva quente.

Aspiro sentir sua boca rubra,
Possuir seu ósculo com sacanas mordidas,
E arrebentar suas lembranças pueris.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Laços Infindáveis

Existe amor aos olhos do altar Amor sagrado e afável Cálice candente, fervente, envolvente... Seja na perfeição do bem amar Ou na ausência do esplendor Sem amor é impossível amar O ardor que abrasa sem se ver É arvore de fruto rico e bem aventurado Fruto que se chama família Ah família... Laço firme e nó apertado Bem longe ou longínquo o sangue não nega jamais Mesmo apagada a linhagem reaparece a um olhar sincero Seja no leito de morte Seja no abrolhar da existência Sendo assim, sem origem é impossível amar Esta corrente unificará mesmo sem o querer E os pensamentos não deixam mentir sobre os feitos da união Uma memória de volta ao altar Doze memórias de volta a despedida do pai Onze pessoas caem em prantos Onze pessoas levantam A esposa tudo lembra Lembra dos filhos Lembra com amor do amor Lembra do olhar da primeira vez que o viu Que o beijou Que o amou e lagrimou com ele e por ele A mãe amada Viúva, mas ainda casada Sorri com jovens lábios Transmite paz com olhos brilhantes Ó mulher que tudo sabe Ó mulher que ama os filhos e as filhas Ó consorte de ótima índole e encanto eterno O que Deus uniu é infinito! Talvez para o cético isso seja piegas Mas não para o casal Jamais o casal ousaria pensar nisso Seja na vida ou até que a morte os separe Não pensaria em questionar o amor A fé é importante A paz é importante Mas parafraseando Paulo “O amor ainda é mais importante que tudo” O amor que abençoa o casal Abençoa para todo o sempre Uma família de vários sonhos Pessoas de realizações diversas E conquistas grandiosas Mas nenhuma tão importante Quanto o fato irrefutável De ser uma linda e maravilhosa família Família que começou com um laço E hoje se transforma em uma corrente Corrente da vários elos Amores e dissabores Mas que continuam apaixonados Apaixonados pelo sangue Pelo amor e a unificação eterna.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ypy

Quero pensar em algo não pensado...
Poetizar o inimaginável
E depois beber de um vinho derramado

Quero sentir um sentimento jamais sentido...
Eternizar o inevitável
E depois gritar de um astro intocado

Quero caminhar por lugares inexplorados...
Descobrir o perder do não perder
Sendo assim, chorarei com sorrisos simples

Quero ser um tudo em meio aos nãos encontrados...
Viver a existência do não viver
Sendo assim, amarei com distâncias próximas.

Objeto

Afinal o objeto está torto
O objeto desleal bambeia
Corroído pelo cupim resiste
Quanta coragem em suas pernas
Na carcaça carrega marcas de tinta velha
Objeto experiente e não descartável
Vejo o móvel e logo penso
De que forma ele foi criado?
Qual artista esculpiu seus traços?
Um dia ele será lenha
De lenha a pó para um dia voltar
Puro, impuro ou outra coisa sabe lá
Mas elemento de um todo sempre será.

Insônia

Vaguei pelo corredor escuro,
Escuro, frio e calmamente vazio,
Encardi minhas belas meias brancas
Contando curtos passos noturnos.

Engoli café pobre no barro,
Zumbizando em ziguezague bronco
Balancei até chegar à poltrona,
Poltrona amiga de minha dona,

Lá jogado, sem dormi e cansado,
Exausto com olhos estalados,
Sem sono mais muito esgotado,

Poetizei meu olhar fundo de morto,
Mal tratado e com as pernas tortas,
Sem desgosto mais bem machucado.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Fracassos e Frustrações

Meus ombros doem,
Mas não realizei sonhos,
Sonhei e nada realizei,
E por isso carrego fracassos e frustrações,

Meus olhos doem,
Mas não observei belezas,
Sabia das belezas, mas nunca notei,
E por isso carrego fracassos e frustrações,

Meus joelhos doem,
Mas não cometi pecados,
Não pequei e jamais amei,
E por isso carrego fracassos e frustrações,

Minhas pernas doem,
Mas não tive aventuras,
Jamais me ausentei e só imaginei,
E por isso carrego fracassos e frustrações,

Minha cabeça doe,
Mas não compartilhei idéias,
Pensei e depois o lampejo apaguei,
E por isso carrego fracassos e frustrações,

Meu peito doe,
Mas não vivi paixões,
Desejei e jamais me apresentei,
E por isso carrego fracassos e frustrações.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Todo Mundo e Ninguém

Adaptação de Willians RS
Texto: “Auto da Lusitânia, de Gil Vicente”.

Ninguém: O que você gostaria amigo?


Todo Mundo: Gostaria de coisas mundanas, adultério, sexo e sacanagem. Mas não desisto nunca, sou brasileiro lembra.


Demônio: Nesse inicio não podemos esquecer. Todo mundo quer ser infiel, e Ninguém é inocente.
Ninguém: Se apresenta ao menos.


Todo Mundo: Todos me conhecem como Todo Mundo, eu corro atrás de grana limpa ou suja, mas fácil, com certeza.


Demônio: Temos que digitar isso, não pode esquecer: Ninguém quer amizade e Todo Mundo, mais riqueza.


Ninguém: Diga-me, o que mais você busca meu querido?

Todo Mundo: Busco o topo do sucesso e poder sobre tudo.


Ninguém: Pra mim isso é besteira colega. Só quero paz e amor.


Demônio: Não se pode ludibriar Deus. Busca sucesso e poder ilimitado Todo Mundo e Ninguém busca paz e amor.


Ninguém: O que mais o espertinho deseja?


Todo Mundo: Ser reconhecido e agraciado em tudo que faço.

Ninguém: Mais feliz ficaria se fossem corrigidas as minhas falhas.


Demônio: Digite com mais firmeza, frente a frente seus desejos: Todo mundo quer ser bem falado e Ninguém um corretivo.


Ninguém: Diga mais o que ambiciona meu camarada?


Todo Mundo: Vida loka e vadiagem, A vida, grito, bebedeira, drogas e mulher fácil!

Ninguém: O que é a vida? Nada sei a respeito. A morte, eu já sei como é.


Demônio: Isto já é demais, tenho que ler em voz alta. Todo Mundo quer vida loka e Ninguém sabe sobre a morte.


Todo Mundo: O paraíso eu quero alcançar, mas sem mudar meu jeito de ser.


Ninguém: Veja isso, e eu aqui, me matando sol a sol, por tolices que já fiz.


Demônio: Isso é apenas um aviso, então digita logo: Todo mundo quer alcançar os Céus e Ninguém paga seus erros.


Todo Mundo: Adoro enganar os bobos, sou expert na arte da mentira.


Ninguém: Não importa as consequencias sempre à verdade está comigo.


Demônio: Coloco um outdoor na metrópole, isso é algo espantoso.


Ninguém: Tem mais a me falar mano?


Todo Mundo: Puxar-Saco.


Ninguém: Jamais fico lambendo as pessoas. Demônio: Brincadeira essa coisa, todo mundo lambe a todos e Ninguém é verdadeiro!

A lady

Como uma lady você surgiu em sua barca,
Surgiu em meus sonhos noturnos,
Deitado, dormindo e sendo contemplado,
Agraciado com sua bem vinda presença.

Pura assemelhando-se com uma ninfa,
Bela refletindo a majestade de Vênus,
Dessa vez mesmo em sonho você era minha.

Infelizmente falho em lembrar suas vestes,
Os detalhes dos acessórios me fugiram,
Minha memória tem vontade própria,
Pra ela você é mais importante.

Tenho uma mente egoísta e prática no amor,
Não desperdiçaria momentos nem mesmo em sonhos,
Lá estava você querendo-me sem pudores.

A fantasia propiciou tocá-la,
Mesmo sabendo ser tudo nevoa admirei seu corpo,
Passeei a língua entre seus dentes e foi real,
Confesso ao acordar tinha um sabor novo em meus lábios.

Nessa minha ilusão seus olhos eram esmeraldas
E não alazão como no dia em que lhe conheci,
Mas tão revelador; meigo e confuso como sempre foi.

No curto momento senti coisas novas,
Senti seu amor, carinho e apego,
Quando eu não estava você não estava,
Não era só uma amizade éramos amos amantes.

Você fitava os cabelos em minha velha cama,
Adorei o marrom dos seus cabelos e me entorpeci,
Como sonho em um sonho? Sem saber sonhei e flutuei.

Quando perguntaram se iríamos ficar sempre juntos,
Sem pensamentos lógicos, juntos respondemos que sempre,
Você estava perfeita caminhando pelos corredores de meu lar,
Lar que estava mais doce com a nova moradora.

Triste eu fiquei ao acordar e descobrir,
Descobrir que esses momentos foram irreais,
Olhei para lado e você não estava, nem mesmo o perfume.

Confortei-me com o gosto diferente nos lábios,
Talvez o gosto que não me deixo esquecer,
Esquecer dos falsos, mas lindos momentos,
Momentos que jamais serão reais.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A Poesia do Poeta

Um poeta não é,
Um poeta não é sem poesia,
Um poeta não é sem a sua poesia,
Um poeta não pode ficar sem a sua poesia.

Até mesmo os seus olhos poetizam,
Até mesmo seu sexo poetiza,
Poetizam a vida e a morte,
Poetizam o sorriso e a dor,
O sorriso é poético e a dor é poética.

Sexo sem poesia é sexo,
Sexo com poesia é fazer amor,
Aos olhos do poeta o amor se eterniza,
Aos olhos do poeta o sofrimento não cessa,
Por isso, descreve a dor e o prazer,
Provas suas gotas doces e salgadas.

Derrama de seu próprio vitae,
Vê seu reflexo na poça de sangue,
Então ele cospe com violência e calma,
Assim mistura seu gosto e sua imagem,
Assim rima sua existência com sua decadência,
Assim consegue sentir o fervor da individualidade.

sábado, 1 de agosto de 2009

Desejo Insigne

Olhei em seus olhos e sorri,
Eram diferentes e brilhantes,
Céu sem estrelas, mas aceso,
Talvez pelo luar de sua menina,
Ou por uma malícia faiscante,
Quando o arco-celeste branco revelou-se,
Ilustrou o que faltava para encantar-me,
Estava ajoelhado na calçada do desejo,
Sei que percebeu com argúcia minha fragilidade,
Talvez por isso sua voz me tratasse como criança,
Seu falar me atormenta sinceramente,
Quero que acredite que não sou menino,
Não sou o idiota de menos idades,
Posso tê-la e amá-la eternamente,
Não despreze o sorriso que lhe ofereço,
Por que sei que suas mentiras são necessárias?
Deixe-me tirá-la de sua própria mente,
Somente assim não haveria dor e caos,
Em dois segundos poderia te descrever,
Mas as cores de sua áurea seriam como o camaleão,
Eu não tenho medo da força de uma mulher,
Porém respeito seu domínio sobre mim,
Sinto e aprendo com sua falsa inocência,
Clamo por acreditar em minha coragem,
Não quero pagar pelo seu corpo novamente,
Fui devasso em sua cama vermelha,
Mas agora quero lhe possuir em lençóis brancos,
Venha comigo sou homem e não menino.
Já fiz as coisas mais vis,
As coisas mais sujas,
Mas fiz tudo esplendamente,
Gostaria de ter feito muitas coisas com você,
Queria lhe dar mais então venha,
Venha sem perguntas.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Quinta

Quinta...
Quinta em meio ao frio e quinta em meio ao fogo...
Inverno estridente com o tilintar dos pobres dentes...
Hoje acordei sozinho e com frio novamente,
Escutei os carros a passar no telhado,
E com os olhos estalados fiquei sem motivo irado,
Minha parede via paisagem de bem aventurados,
Sem nada para comer e água para beber,
Mas também sem fome e sem sede,
Imaginei se ficasse doente,
Mas para o mundo eu já estava enfermo,
Não teria como correr e me restaria à morte esperar,
Já nem sei sobre meu aniversario,
Como nasci e quando esqueci,
Sou menino de rua que sofre no quinto na terra,
E que hoje neste dia de hoje
Que deve ser quinta-feira depois de tempos chorei,
Acordei com olhos remelentos e banhados de água,
Mesmo sendo velho me vejo menino,
Porque assim como menino preciso que cuidem de mim,
Não é comodismo e nem folga minha,
Sou fraco e tudo perdi de memória a milhões,
De amigos a paixões,
Sou escravo da escuridão de meus buracos,
Minha amiga é a lata que me mata,
E dessa amiga que disfarça,
Destrói, mas me tem fiel,
Meus pensamentos são vagos,
E choro sem saber por que,
Prostituo-me sem saber por que,
Mato sem pedir e roubo,
Sem saber por que beijei a lata,
Agora sei que vou falecer,
Sendo assim, vivo para morrer,
E morro a cada dia para viver.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Lábios

Ela está deslumbrante e seus lábios de dama me atraem,
Tão esplêndidos os detalhes que entorpecem meu olhar,
Seus lábios com os dentes o apertando, tornam-se distintos e volumosos,
No auge de meus desejos confesso que prefiro vermelhos e rosados,
Mas agora estou em cheque pelos amorenados que se revelaram,
Hoje não vivo sem a boca da dona de tão lindos e atraentes lábios,
Lábios que foram minuciosamente pintados para serem beijados,
Foram perpetrados para sempre amados por horas seculares,
A veleidade do brilho molhado é a crueldade que me fez e faz feliz,
A cobiça da saliva doce e quente me faz pecador até em meus pensamentos,

Sem remorsos momentâneos adoro morder seus lábios,
Lado a lado com carinho perverso os transformo em meus,
Posso mastigá-los com apego vagaroso e excitá-los mesmo sem minha presença,
Você minha dona e também dos olhos que me fitam com soslaios na multidão,
Saiba que novamente quero tomar seus lábios com a língua que os ensoparam,
Sua delicadeza e vaidade elevam o gosto das intimidades bem cuidadas,
Hoje a vejo como a própria Afrodite materializada em meus profícuos sonhos,
Também posso vê-la como as ninfas que correm nuas pelos bosques gregos,

Às vezes no auge de minha libertinagem te ligo aos meus luxos e luxurias,
Tocá-la, penetrá-la e desejá-la várias vezes instintiva e animalescamente,
Venerá-la como se você fosse uma felina louca por fornicações e perversões,
Esquecer da dama e senhora distinta e tratá-la como um objeto de deleite,
Sei que não se devem machucar os lábios e nem suas donas,
Deve-se oscular e amá-los loucamente e apaixonadamente,
Mas tenho fantasias e sei que entrar nos lábios é caminhar no paraíso,
E sair dos lábios é voltar do Éden.

sábado, 18 de julho de 2009

Escritora

Ser humano e não fazer humano,
Beleza leve por traz do cristal,
Paixão discretamente musical,
Escreve ânsias entre mente e coração,

É Ana, é Paula, é às vezes menina e mulher,
Filha, neta, aluna que chora em palavras,
Penosa venera sem reflexos,
É querer possuir e também viver,

Na ponta do tinteiro ela ainda chama,
Porém ele vê com olhos vendados,
Nem mesmo o poeta entende a cegueira,

Caucasiana diz sem esperança,
Ainda teme agarrar seus desejos,
E assim se fecha aos olhos da criança.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

A Rainha das Concubinas

Jogada na calçada rechaçada pela sociedade,
Ela teve que se erguer em uma jovem biografia.
Nada tem a perder e por isso vem se vender,
Agora até mesmo você pode possuí-la,

Mulher de muitas camas e uma esquina,
Com pintura de Cleópatra encara o mundo,
Vem um vai outro e seus olhos não brilham,
Mas estão vivos e ardentes.

Às vezes o que importa é o dinheiro e nada mais,
Ela não se embriaga, nem ao menos absorver o álcool,
Mas fuma pra aliviar a tensão de idas e vindas,
Os jovens a querem de novo e muitas outras vezes,

Amadurecidos fazem propostas de aliança,
Mas ela não quer nada disso,
Às vezes parece gostar do que faz,
Não pelo dinheiro e sim pelo prazer,

È uma profissional de vários talentos,
Ela chora as frustrações dos parceiros,
Sorri as alegrias dos amantes noturnos,
Alivia a tensão de todos os homens,

Mas não beija nenhum,
Porém não precisa, seu olhar é um ósculo queimante,
Quando se mostra nua seu corpo e bem feito,
Sem exageros é delicado e vivo,

A pele bronzeada revela suas idas em Copacabana,
Quem poderia resistir a tanto encanto,
Qual homem não pagaria por uma única hora de prazer,
Somente para se envolver em seus cabelos,

Sentir sua boca nas partes mais intimas,
Ela encontrou a perfeição em sua profissão,
Já é conhecida como a Rainha das concubinas,
Ela é física, metal e emocional,
Ou seja, irresistivelmente tentadora.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Terça

Terça é pra voltar a pensar,
Excelente para os antigos sonhos ressuscitar,
a Ressaca já passou e o corpo está quente,
aÇoite seus medos e comodismos,
fAça loucuras e alcance seus objetivos.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Perdição

Uma lágrima oculta e possuída,
Uma falsa amostra de prestígio,
Uma dor magoada pelo nada,
Uma linda mulher machucada,

A beleza agora esta viciada,
A tristeza invadiu todo espaço,
Há sensualidade em meio à ressaca,
Há perca da verdade desviada,

Uma flor murchou na primavera,
As pétalas se chocam com a terra,
Há fera ferida na floresta,

Uma tinta escondeu sua realeza,
As sinceras matam a vingança,
Há fé em meio à falta de esperança.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Passeio Literário

O trovadorismo meu e seu é nosso,
O humanismo não é só de Fernão,
E também Vicente e sua barca,
Fui renascimento, mas sou Camões,

O classicismo é ou não informativo?
Anchieta, barroco e arcadista sou,
De Garret a perdição em Portugal,
Aqui no Brasil tem prosa e poesia,

Romântico, realista ou Bilac é?
Na verdade, sou valor musical!
Moderno aqui e em Lisboa, pré ou vinte e dois,

Tenho Andrades (...) e Morais comigo,
Se com Clarice me tornei Prosa,
Com um João (...) bebi poesia e me embriaguei!

Sete Notas

A um lá, dó fá pra lá, dó si toca,
Ré fá, pra aqui e ali fica, dó lá pra fá,
Ré dali, nem dó si, mi dó ou mi fá,
Ré tem no fá ou lá, si lá, si tem fá,

A um sol, dó lá pra sol, dó lá toca,
Ré fá, pra ali e aqui fica, dó sol pra fá,
Ré dali, com dó La, si dó ou si fá,
Ré tem no lá ou sol, si sol, si tem fá,

Lá, sol, lá, sol, pra fá toca, lá sol,
Ré si, nem quem com quem, pra lá, esta lá,
Aqui e ali, aqui vem lá, vem sol, vem fá,

Sol, lá, sol, lá, fá pra toca, sol lá,
Ré, si, nem quem com quem, pra sol esta sol,
Ali e aqui, ali vem sol, vem lá, vem fá.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Quatro Paredes

Delicioso gemido ferino,
Auspicioso desejo felino,
Língua amante que passeia e não se vê,
Unha que rasga com calor banal,

Palavra vulgar gritada ao ouvido,
Mãos candentes, safadas que são,
Dentes que mordem com boca quente,
Suor corrente com fragrância cabal,

Perversa, boêmia mulher na cama,
Devassa, afável e desejada,
Nua e vestida é bela e é fera mulher,

Maldita com fetiche enfeitiça,
É calorosa mulher bendita,
Entrelaçada e molhada me quer.

Eco

Eco em meio ao eco do grito cantado,
Eco em meio ao eco do grito chorado,
Eco em meio ao eco do grito ditado,
Eco em meio ao eco do grito jogado,

Hino gritado em meio ao eco fechado,
Pranto gritado em meio ao eco ferido,
Fala gritada em meio ao eco calado,
Perca gritada em meio ao eco vencido,

Cantando e chorando para nada,
Ditando e jogando para tudo,
Eco meio eu grito meio nada e tudo,

Fechando e ferindo para nada,
Calando e perdendo para tudo,
Eco meio eu grito meio nada e tudo.

sábado, 4 de julho de 2009

Elite

A menina do jardim perfeito,
A namorada do beija flor é,
A senhorinha da primavera é,
De vários tons e cheiro cheiroso,

Saliva doce mel de melado,
O lírio e rosa de líricos ela é,
Convite ao pecado e a pureza ela é,
Não sei explicar seu belo complexo,

Você fica suntuosa no clero,
Até no vão cemitério esplêndida é,
Você está no oásis e no deserto,

Nas mãos, na terra e nesse cabelo,
Como você flor tão bela ainda é?
De cor a odor tudo em você é lindo.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Olhos Vendados

Com os olhos vendados,
Sou escravo de meu passado,
Sendo assim,
O mundo se resume a lembranças,
Recordações de uma biografia cega,
Nada vejo com exatidão na vereda da vida,
A experiência é fictícia segundo minha própria experiência,
Somente existem fantasias vividas em luz e escuridão,
Há mais névoa na jovem maioridade do que na mãe infância,
A criança se torna adulto para se tornar criança,
Com os olhos vendados,
Sou testemunha da hipocrisia,
Sendo assim,
O mundo se resume a mentiras,
Falsas guerras de homens de varias faces,
Regadas por bebidas baratas e drogas ilegais,
A verdade só é real segundo meus próprios olhos,
Somente há globalização na fome e na miséria,
Há mais nos campos de guerra do que no lar das pessoas,
O mundo sob meus olhos é cego.

RUM

Mergulhado em um copo de rum o saqueador cruza os mares,
Os batizados por Homero navegam sem medo da doce morte,
Saqueadores e aterrorizadores de lares,

Temidos quando entram nas tavernas,
A tripulação mostra trevas e escuridão pela multidão,
Nem o mais bravo ousaria uma luta com a corja,

Muitos contos e histórias fantásticas existem a séculos,
Os fenícios sofreram e os assírios também,
Na história os gregos iniciaram a pratica pérfida,

Lutas e perdas constantes para poderosos,
Vitórias e desejos excitantes para os bebedores de ouro e prata,
Uma frota de mil já atacou e destruí os temidos romanos,

Uma vida sem rumo no mundo que se popularizou no caribe,
Boêmios, mas não vagabundos,
Ladrões por vocação estes homens são.

Amor de homem

O mundo se torna calmo quando regado pela chuva do bem amar,
Podemos sentir gota a gota o poder do vinculo com outro,
De alma limpa e corpo molhado suspiro de tanto gostar,
Confesso que poderia olhar você durante horas,
E mesmo assim jamais me cansaria de admirá-la,
Quando você escutar aquela música e lembrar-se dos momentos de amor que tivemos,
Não se prenda a eles e nem lamente por ser apenas o passado,
E nem se culpe por nada disso não mais existir,
Apenas recorde o quanto isso significou para ambos,
Nem mesmo o ódio confundido poderia destruir tanto desejo,
O medo de não tentar um novo amor é tudo que tenho para oferecer a mim mesmo,
Jamais poderia adormecer novamente sem você a meu lado,
Sem seus defeitos o mundo seria uma pintura inacabada,
Hoje posso ver quanto reprimido um homem pode se tornar,
E quantas mentiras ele conta pra si mesmo,
Somente para fugir do que é mais real e sincero.

Vidraças

Promessas vazias,
Ocultas palavras,
Olhares perdidos por trás de vidraças.

Quantas faces existem,
Eu quero saber,
Cristal ou sujeito,
Com os olhos não vê.

Sem cheiro e sem forma,
Não a classe ou gênero,
Nem preconceitos insanos entre nossos desejos,

Faça-me iniciante sem medo de ti,
Não desencontre o acaso dos possíveis laços,
Seja corajosa e vem me encontrar.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Menino Simples

Sou simples e caminhante entre amigos,
Tenho sábados tristes e felizes,
O café é minha fuga da realidade ébria,
Não tenho medo de chorar ou correr nu na beira do mar,
Às vezes sou corrompido, mas em muitas ocasiões
Meu papel é ser o vilão da história dos outros,
Meus olhos ardem sem meus óculos,
Dessa forma nem consigo ler o que escrevo agora,
Mas é obvio entender o complexo,
Como os dias e as noites, tudo passa ritualisticamente,
Minha cabeça dói quando todos mentem,
Então entendo minha hipocrisia por julgar,
Afinal sei que já menti também,
Nesta hora a dor se vai, se extingue completamente,
Preciso de atenção por não saber de mim mesmo,
Nem me lembro de minha primeira vez,
Qual era o nome mesmo daquela garota?
As doses exageradas me atrapalharam me fazendo esquecer...
Mas mesmo assim, depois de tantas comparações
Com o que acontece no mundo sei que não serei perfeito,
Sendo assim, mesmo com medo digo que tudo está bem,
Agora, neste exato momento quero esquecer,
Quero esquecer os problemas do mundo,
Amanhã falaremos do que você quiser,
Amanhã falaremos do meio ambiente, da corrupção
E da paz mundial e também daquela pessoa chata,
Neste momento, por favor, me leve pra diversão boêmia,
Se você não for irei sozinho e dançarei todos os ritmos
De mil maneiras diferentes,
Não tenho planos concretos e nem apresento idéias geniais pra essa noite,
Ainda não sei quem será a garota de sorte que me dará o primeiro beijo,
E se será a mesma que acordará em meus braços na próxima manhã,
E quem disse que quero saber!
Quem disse que quero certezas!
Só quero um sorriso bobo e sem vergonha...
E após todas as loucuras juvenis serem feitas
Voltarei para beira do mar, para minha vida comum e sem graça,
Mas cheia de graça, e então gritarei bem alto após a onda me acertar,
Que simplesmente... Quero amar e ser muito feliz!

O Matador

Caminhou por ruas estreitas sozinho
Em meio ao frio pecaminoso de seus atos,
Não foi escravo de suas dores e nem senhor de seus desejos,
Atirou-se de corpo e abraçou com o espírito
E por isso foi ferido pelos tiros do matador,
Perfurado, sangrou no asfalto dos tolos e ladrões de sonhos,
Com espanto, olhou nos olhos do matador cego,
Gritou... Arrastou-se e bebeu seu próprio sangue,
O matador nada viu ou sentiu,
Apenas apertou o velho gatilho novamente,
Selou a dor física e congelou as traições sem um final feliz,
Ninguém os viu,
Não houve testemunhas humanas,
Também não existiu culpa,
O matador cego de paixão,
Tinha atirado por amor,
Sua honra fora lavada com sangue de irmão.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Febre angelical

Tropas florais na entrada do paraíso,
Um anjo pode ser visto entre flores coloridas,
A primavera já passou, mas posso sentir o cheiro da estação naquele perfume,
Talvez tenha morrido e acordado várias vezes,
Estou ainda meio tonto e sonolento,
Sinto cheiro de canfora e meus olhos ardem,
Ardem, mas não doem,

Sem nada pronunciar os olhos dela estão fixos sobre mim,
Apenas os cabelos se movimentam acompanhando o vento oceânico,
Este que corta cada fio levemente com seu toque divino,

Não posso sentir minhas pernas e nem os meus braços,
Que beleza é essa que me paralisa e me enche de dúvidas?
Um grito engolido e uma lágrima salgada são tudo que tenho a oferecer,
Então aceite e me explique, explique onde estou e quem sou eu agora,
Diga-me sem mais palavras se não mais estou entre os vivos,

Durante minha vida terrestre nada de tão belo havia notado,
A candura e o aspiração sempre foram inimigos pra mim,
Uma mulher agora que me faz despertar o sexo e o amor se apresenta,
Quantas torturas somente podem estar em outra vida,
Não na simples vida de um homem da terra rachada,

Mulher ou anjo loiro de olhos brilhantes me esclareça sem rodeios,
Sou benevolente e nunca fiz mal para merecer uma dúvida assim,
Fui um homem sem paixões, sem graça e sem grana,
E justo agora meus últimos suspiros são suficientes para me enlouquecer,

Com membros estáticos e miolos confusos novamente lhe peço estranha,
Antecipa-me a verdade sobre a origem de sua beleza,
Sou um humano que somente posso descrevê-la vulgarmente,
Me você vejo olhos sinceramente suspeitos e verdadeiramente brilhosos,
Olhar que revela algo que ainda não sei, mas parece belo e puro,

Talvez eu tenha mesmo partido e você é meu anjo da guarda,
Mas quem sabe é apenas um delírio de minha febril situação,
Sua boca que nada pronuncia me faz ser homem selvagem,
Os antepassados primitivos agora aqui se encontram,

A pureza dos olhos se contradiz com o pecado dos lábios,
Não sei mais em qual acreditar, ambos parecem dizer a verdade,
E o cabelo flutuante, quanta perfeição, nada posso dizer sobre seus fios agora,
A maça e a pele lívida escondem o que afinal?

Questiono-me, te questiono, e nada de respostas,
Por favor, me diga como devo chamá-la,
Joana, Maria, Verônica qual seria afinal, me diga mulher angelical?
Já que nada diz chamarei você de Lívia assim como sua epiderme,
Uma pele linda e clara em sua essência,
Então minha bela Lívia, agora te direi sem nada dizer,
Meus olhos, minha face, minha boca e minha paralisia,
Direi que mesmo com seu silencio e seu mistério,
Mesmo sem saber se é anjo ou mulher,
Mesmo com medo de estar morto, doente ou vivo,
Direi minha cara Lívia, que nada sei a respeito de tanta beleza,
Direi que estar estático a questionando é uma desculpa para admirá-la,
Direi que não quero entender mesmo pedindo para compreender,

O homem da terra ainda deseja,
Mesmo velho e no fim da vida ainda deseja,
Ainda sem saber sobre você ainda a deseja,
Não sei se agora sou menino ou velho como há alguns minutos,
O corpo que tenho agora é jovem como nos bons tempos,
E isso me confunde e me coloca em cheque,
Mas é um cheque sem fim triste e uma confusão compreensível,
Afinal se esse for o final não estarei sozinho
Estou como sempre sonhei.