terça-feira, 16 de novembro de 2010

Novembro

Cheiro de terra molhada

Ventos cortantes

Os pássaros se escondem

Os guarda-chuvas aparecem

As poças se formam

É a chuva de novembro

Que visita meu telhado

Que molha meus sapatos

E me faz espirrar

Mas olhando aqui da vidraça

Ela é bela e cheia de graça

É tão fascinante que me faz viajar

Viajar entre suas gotas violentas

Ao som dos trovões e relâmpagos

Ó doce novembro

Mês de várias estações

Tempo de amores e beijos românticos

Adoro ver o correr desses trinta dias intrigantes

Confesso que sou suspeito por gostar de poetar

Porém manifestar-me parece de bom gosto

Sempre quis marcar o novembro em palavras

Um dia irei pintar a chuva

Ou talvez desenhar o sol

Mas ambos do mês onze

Não canso de contemplar esses dias

Mesmo sem viver um amor

Mesmo sem estar apaixonado

Ainda assim, posso sentir

Sentir a alma coletiva

O amor coletivo

Este que consome meu ser de forma gostosa

Com grande prazer eu sento e aprecio o terno novembro.