quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Gritos Calados

Gritos calados,
Olhos tenebrosos,
Impossível não ter medo,
Até o mais bravo não arrisca a peleja,
Há cana de duplo sentido,
Ninguém tem força pra correr,
A sentença vem com o nascimento,
Uma realidade obscura,
Reagir parecesse impossível,
Gotas na terra trincada,
Água só ser for salgada,
Batidas firmes e frustradas,
Cabelos sem brilho,
A pele é rachada,
O prato é quente e a bóia é gelada,
Não a diferença entre homem e criança,
Sorriso não há e choro não tem,
Mãos são cascos e costas lombos,
Sem por favor,
Carrega pra cá,
Descarrega pra lá,
Quem vai cair primeiro,
Isso ninguém sabe,
A carcaça chegou no limite,
Entretanto a mente ainda é mente,
Ainda são escravos de corpo,

Mas jamais serão escravos de alma.

Rendida ao amor


E-mails apaixonados não param de chegar,
A caixa de entrada está cheia,
Não há espaço para mais nada,
Ela está totalmente rendida a mim,
As frases mais românticas,
As palavras mais picantes,
Tudo digitado ritualisticamente,
Eloqüência nas palavras e no amor,
E claro excesso de sensualidade,
Exagero de perfeição,
Depoimentos é rotina nas minhas leituras,
Garotas assim fazem lembrar SummerTimes,
Quando esta presente se joga aos meus braços,
Sem pudor se prende aos meus encantos,
Realiza todos nossos pecados,
Seja onde for,
Sem medo de sentir,
Sem medo de ser amada,
Sem medo de ser revelada.