sábado, 25 de setembro de 2010

MULHER E LETRAS

Em meio à bagunça de minhas instalações, que na verdade não são muito minhas nestes últimos tempos, ouço reclamações da vida alheia.

Essa é a primeira vez que ouço Uirapuru, som magnífico por sinal, toca a alma através dos ouvidos. Embriagado pela melodia, por um breve momento eu pensei em ligar para alguém especial, mas talvez seja cedo ainda. Nem todos acordam seis e dois da manhã. Por sinal, hoje acordei pensando poesia, pensando soneto, pensando índriso. Com meu barco sem leme no rio da vida, estava esquecendo minha arte, meu eu poético, a fuga em mim mesmo através das linhas, letras e entrelinhas do poema, mas ainda bem que o dom ainda é forte, e me cobrou assim que despertei de um sonho confuso.


Vou utilizar o improviso e abaixo riscarei com lágrimas e sorrisos meus sentimentos ocultos, e dedico esse repentino poema a todos que seguem Poeta de Vênus.




MULHER E LETRAS


Hoje escutei meu sonho,

Minha ânsia inconsciente,

O lado desconhecido de minha mente,


Sem saber explicar

Acordei com as letras

Sem saber explicar

Acordei com você

Agora escuto meu presente

Minha ânsia consciente

O lado conhecido de minha mente,


Quero saber explicar

O que são as letras?

Quero saber explicar

Quem é você mulher?


Se eu não conseguir explicar-te letras

Que eu possa sempre escrever-te

Se eu não conseguir explicar-te mulher

Que eu possa sempre sentir-te


Alinhar ao centro