terça-feira, 25 de agosto de 2009

Você

Eu tinha que ver você
Tinha que olhar seus cabelos
E ver novamente seus olhos castanhos
Eu tinha que escutar você
Tinha que ouvir suas doces palavras
Palavras de amor e amizade
Realmente ver você era necessário
Por isso estou aqui
Aqui na sua frente
Frente a frente
Face a face
E é tão bom
É maravilhoso sentir o vento
O seu vento
Ver como o soprar bagunça seu penteado
Venero o sentir
Sentir, respirar e até mesmo inspirar
Seu perfume adocicado
Este que às vezes me faz espirrar
Mas é perfeito como o momento
Confesso que não poderia
Jamais poderia estar em outro lugar
Enquanto todos estão no carnaval
Aqui estou
De longe
Mas estou com você
E para mim isto basta
Então em pensamento peço a você
Cante aquela música
Aquela que somente nos sabemos
Declame nossa poesia
Mesmo se for somente sorrindo
Ainda assim declame
Cante e declame nosso amor
Sua voz é bela
Lindamente bela e preciosa
Serena e sensível
Perfeita para o amor
Nosso amor
Seu único e intrigante vocabulário
Tilinta sempre na minha mente
Ninguém fala ardor e desejo como você
Por isso e outras coisas estou aqui
Meu coração é testemunha
E meus sentidos são seus informantes
Não desista de estar comigo
Fique aqui
Esteja aqui
Aqui é parte de nós
Não suportaria viver se você partir
Olhe para traz e se arrependa.

A Cegueira do Romance

Sou piegas por você.
É o que me dizem,
Só pelos seguintes motivos:
Não posso ver seus defeitos,
Ah claro que enxergaria,
Mas não há nada pra se ver.

E é impossível escutar seus insultos,
Que insultos!
Digo eu;
Nem mesmo as reclamações existem,
Quanto menos os palavrões,
Afinal não tem turpilóquio,
Sua boca é limpa, pura e mansa.

Defeitos!
Quais defeitos?
Você é perfeita.
Não só aos meus olhos!
Mas aos olhos do mundo.

Sua voz é serena
Seu grito é sereno
Seu canto é sereno
Até mesmo sua fúria é...

Não sou louco,
Não sou apaixonado,
Só porque daria minha vida por você
E sou viciado no seu sexo,
Ah!
Essas pessoas falam de mais...
Aff...
Pensam que sou cego!
Tolos...
Rsrsr...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Despedida Distante

Quem sou eu pra você???
Quem eu sou pra você querida???
Um amigo oculto,
Um amigo invisível
E um ombro amigo?
Será que você não me ama?
Não enxerga?
Não deseja meus carinhos?
Não ouso aceitar a sua amizade,
Isso é demais pra mim,
É doloroso não te tocar,
Não sentir você
Vê-la e não tocá-la seria muito,
Sendo assim,
Digo que vá,
Mas nunca olhe pra traz,
Pois não estarei a sua espera,
E também não estarei aqui,
Afinal é impossível estar sem você,
Não me olhe com magoa
Não me visualize com esses olhos penosos,
Deixe-me!
Não suporto seu desprezo,
Meu amor sufoca minha razão,
Sou piegas por você,
Por isso quero ficar a distancia,
Quero sofrer a distancia,
Sentir a dor em meu travesseiro
Inundado de lágrimas
Mas não pense nisso agora,
Siga seu caminho
Um dia quem sabe
Ficarei bem
Afinal nem um beijo seu eu senti
Não sei o gosto de sua boca
Nem o calor de seu sexo,
Talvez meu amor seja tolo
Talvez nem seja amor,
Mas nada sei agora
Então digo até logo
De longe,
A essa longa distancia
Sem poder nem ao menos sentir seu cheiro
Digo até logo...
Até logo...
Querida...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Volição Virginal

Almejo destroçar seus lindos seios,
Machucar seu coração com idolatria,
E beber o seu doce sangue virgem.

Anseio ferir sua pura alma,
Sugar suas forças com pecados,
E pisar ferozmente em sua certeza.

Cobiço ferir seu ego precioso,
Inflamar seu vergel com esperma,
E cuspir em sua beleza com saliva quente.

Aspiro sentir sua boca rubra,
Possuir seu ósculo com sacanas mordidas,
E arrebentar suas lembranças pueris.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Laços Infindáveis

Existe amor aos olhos do altar Amor sagrado e afável Cálice candente, fervente, envolvente... Seja na perfeição do bem amar Ou na ausência do esplendor Sem amor é impossível amar O ardor que abrasa sem se ver É arvore de fruto rico e bem aventurado Fruto que se chama família Ah família... Laço firme e nó apertado Bem longe ou longínquo o sangue não nega jamais Mesmo apagada a linhagem reaparece a um olhar sincero Seja no leito de morte Seja no abrolhar da existência Sendo assim, sem origem é impossível amar Esta corrente unificará mesmo sem o querer E os pensamentos não deixam mentir sobre os feitos da união Uma memória de volta ao altar Doze memórias de volta a despedida do pai Onze pessoas caem em prantos Onze pessoas levantam A esposa tudo lembra Lembra dos filhos Lembra com amor do amor Lembra do olhar da primeira vez que o viu Que o beijou Que o amou e lagrimou com ele e por ele A mãe amada Viúva, mas ainda casada Sorri com jovens lábios Transmite paz com olhos brilhantes Ó mulher que tudo sabe Ó mulher que ama os filhos e as filhas Ó consorte de ótima índole e encanto eterno O que Deus uniu é infinito! Talvez para o cético isso seja piegas Mas não para o casal Jamais o casal ousaria pensar nisso Seja na vida ou até que a morte os separe Não pensaria em questionar o amor A fé é importante A paz é importante Mas parafraseando Paulo “O amor ainda é mais importante que tudo” O amor que abençoa o casal Abençoa para todo o sempre Uma família de vários sonhos Pessoas de realizações diversas E conquistas grandiosas Mas nenhuma tão importante Quanto o fato irrefutável De ser uma linda e maravilhosa família Família que começou com um laço E hoje se transforma em uma corrente Corrente da vários elos Amores e dissabores Mas que continuam apaixonados Apaixonados pelo sangue Pelo amor e a unificação eterna.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Ypy

Quero pensar em algo não pensado...
Poetizar o inimaginável
E depois beber de um vinho derramado

Quero sentir um sentimento jamais sentido...
Eternizar o inevitável
E depois gritar de um astro intocado

Quero caminhar por lugares inexplorados...
Descobrir o perder do não perder
Sendo assim, chorarei com sorrisos simples

Quero ser um tudo em meio aos nãos encontrados...
Viver a existência do não viver
Sendo assim, amarei com distâncias próximas.

Objeto

Afinal o objeto está torto
O objeto desleal bambeia
Corroído pelo cupim resiste
Quanta coragem em suas pernas
Na carcaça carrega marcas de tinta velha
Objeto experiente e não descartável
Vejo o móvel e logo penso
De que forma ele foi criado?
Qual artista esculpiu seus traços?
Um dia ele será lenha
De lenha a pó para um dia voltar
Puro, impuro ou outra coisa sabe lá
Mas elemento de um todo sempre será.

Insônia

Vaguei pelo corredor escuro,
Escuro, frio e calmamente vazio,
Encardi minhas belas meias brancas
Contando curtos passos noturnos.

Engoli café pobre no barro,
Zumbizando em ziguezague bronco
Balancei até chegar à poltrona,
Poltrona amiga de minha dona,

Lá jogado, sem dormi e cansado,
Exausto com olhos estalados,
Sem sono mais muito esgotado,

Poetizei meu olhar fundo de morto,
Mal tratado e com as pernas tortas,
Sem desgosto mais bem machucado.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Fracassos e Frustrações

Meus ombros doem,
Mas não realizei sonhos,
Sonhei e nada realizei,
E por isso carrego fracassos e frustrações,

Meus olhos doem,
Mas não observei belezas,
Sabia das belezas, mas nunca notei,
E por isso carrego fracassos e frustrações,

Meus joelhos doem,
Mas não cometi pecados,
Não pequei e jamais amei,
E por isso carrego fracassos e frustrações,

Minhas pernas doem,
Mas não tive aventuras,
Jamais me ausentei e só imaginei,
E por isso carrego fracassos e frustrações,

Minha cabeça doe,
Mas não compartilhei idéias,
Pensei e depois o lampejo apaguei,
E por isso carrego fracassos e frustrações,

Meu peito doe,
Mas não vivi paixões,
Desejei e jamais me apresentei,
E por isso carrego fracassos e frustrações.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Todo Mundo e Ninguém

Adaptação de Willians RS
Texto: “Auto da Lusitânia, de Gil Vicente”.

Ninguém: O que você gostaria amigo?


Todo Mundo: Gostaria de coisas mundanas, adultério, sexo e sacanagem. Mas não desisto nunca, sou brasileiro lembra.


Demônio: Nesse inicio não podemos esquecer. Todo mundo quer ser infiel, e Ninguém é inocente.
Ninguém: Se apresenta ao menos.


Todo Mundo: Todos me conhecem como Todo Mundo, eu corro atrás de grana limpa ou suja, mas fácil, com certeza.


Demônio: Temos que digitar isso, não pode esquecer: Ninguém quer amizade e Todo Mundo, mais riqueza.


Ninguém: Diga-me, o que mais você busca meu querido?

Todo Mundo: Busco o topo do sucesso e poder sobre tudo.


Ninguém: Pra mim isso é besteira colega. Só quero paz e amor.


Demônio: Não se pode ludibriar Deus. Busca sucesso e poder ilimitado Todo Mundo e Ninguém busca paz e amor.


Ninguém: O que mais o espertinho deseja?


Todo Mundo: Ser reconhecido e agraciado em tudo que faço.

Ninguém: Mais feliz ficaria se fossem corrigidas as minhas falhas.


Demônio: Digite com mais firmeza, frente a frente seus desejos: Todo mundo quer ser bem falado e Ninguém um corretivo.


Ninguém: Diga mais o que ambiciona meu camarada?


Todo Mundo: Vida loka e vadiagem, A vida, grito, bebedeira, drogas e mulher fácil!

Ninguém: O que é a vida? Nada sei a respeito. A morte, eu já sei como é.


Demônio: Isto já é demais, tenho que ler em voz alta. Todo Mundo quer vida loka e Ninguém sabe sobre a morte.


Todo Mundo: O paraíso eu quero alcançar, mas sem mudar meu jeito de ser.


Ninguém: Veja isso, e eu aqui, me matando sol a sol, por tolices que já fiz.


Demônio: Isso é apenas um aviso, então digita logo: Todo mundo quer alcançar os Céus e Ninguém paga seus erros.


Todo Mundo: Adoro enganar os bobos, sou expert na arte da mentira.


Ninguém: Não importa as consequencias sempre à verdade está comigo.


Demônio: Coloco um outdoor na metrópole, isso é algo espantoso.


Ninguém: Tem mais a me falar mano?


Todo Mundo: Puxar-Saco.


Ninguém: Jamais fico lambendo as pessoas. Demônio: Brincadeira essa coisa, todo mundo lambe a todos e Ninguém é verdadeiro!

A lady

Como uma lady você surgiu em sua barca,
Surgiu em meus sonhos noturnos,
Deitado, dormindo e sendo contemplado,
Agraciado com sua bem vinda presença.

Pura assemelhando-se com uma ninfa,
Bela refletindo a majestade de Vênus,
Dessa vez mesmo em sonho você era minha.

Infelizmente falho em lembrar suas vestes,
Os detalhes dos acessórios me fugiram,
Minha memória tem vontade própria,
Pra ela você é mais importante.

Tenho uma mente egoísta e prática no amor,
Não desperdiçaria momentos nem mesmo em sonhos,
Lá estava você querendo-me sem pudores.

A fantasia propiciou tocá-la,
Mesmo sabendo ser tudo nevoa admirei seu corpo,
Passeei a língua entre seus dentes e foi real,
Confesso ao acordar tinha um sabor novo em meus lábios.

Nessa minha ilusão seus olhos eram esmeraldas
E não alazão como no dia em que lhe conheci,
Mas tão revelador; meigo e confuso como sempre foi.

No curto momento senti coisas novas,
Senti seu amor, carinho e apego,
Quando eu não estava você não estava,
Não era só uma amizade éramos amos amantes.

Você fitava os cabelos em minha velha cama,
Adorei o marrom dos seus cabelos e me entorpeci,
Como sonho em um sonho? Sem saber sonhei e flutuei.

Quando perguntaram se iríamos ficar sempre juntos,
Sem pensamentos lógicos, juntos respondemos que sempre,
Você estava perfeita caminhando pelos corredores de meu lar,
Lar que estava mais doce com a nova moradora.

Triste eu fiquei ao acordar e descobrir,
Descobrir que esses momentos foram irreais,
Olhei para lado e você não estava, nem mesmo o perfume.

Confortei-me com o gosto diferente nos lábios,
Talvez o gosto que não me deixo esquecer,
Esquecer dos falsos, mas lindos momentos,
Momentos que jamais serão reais.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A Poesia do Poeta

Um poeta não é,
Um poeta não é sem poesia,
Um poeta não é sem a sua poesia,
Um poeta não pode ficar sem a sua poesia.

Até mesmo os seus olhos poetizam,
Até mesmo seu sexo poetiza,
Poetizam a vida e a morte,
Poetizam o sorriso e a dor,
O sorriso é poético e a dor é poética.

Sexo sem poesia é sexo,
Sexo com poesia é fazer amor,
Aos olhos do poeta o amor se eterniza,
Aos olhos do poeta o sofrimento não cessa,
Por isso, descreve a dor e o prazer,
Provas suas gotas doces e salgadas.

Derrama de seu próprio vitae,
Vê seu reflexo na poça de sangue,
Então ele cospe com violência e calma,
Assim mistura seu gosto e sua imagem,
Assim rima sua existência com sua decadência,
Assim consegue sentir o fervor da individualidade.

sábado, 1 de agosto de 2009

Desejo Insigne

Olhei em seus olhos e sorri,
Eram diferentes e brilhantes,
Céu sem estrelas, mas aceso,
Talvez pelo luar de sua menina,
Ou por uma malícia faiscante,
Quando o arco-celeste branco revelou-se,
Ilustrou o que faltava para encantar-me,
Estava ajoelhado na calçada do desejo,
Sei que percebeu com argúcia minha fragilidade,
Talvez por isso sua voz me tratasse como criança,
Seu falar me atormenta sinceramente,
Quero que acredite que não sou menino,
Não sou o idiota de menos idades,
Posso tê-la e amá-la eternamente,
Não despreze o sorriso que lhe ofereço,
Por que sei que suas mentiras são necessárias?
Deixe-me tirá-la de sua própria mente,
Somente assim não haveria dor e caos,
Em dois segundos poderia te descrever,
Mas as cores de sua áurea seriam como o camaleão,
Eu não tenho medo da força de uma mulher,
Porém respeito seu domínio sobre mim,
Sinto e aprendo com sua falsa inocência,
Clamo por acreditar em minha coragem,
Não quero pagar pelo seu corpo novamente,
Fui devasso em sua cama vermelha,
Mas agora quero lhe possuir em lençóis brancos,
Venha comigo sou homem e não menino.
Já fiz as coisas mais vis,
As coisas mais sujas,
Mas fiz tudo esplendamente,
Gostaria de ter feito muitas coisas com você,
Queria lhe dar mais então venha,
Venha sem perguntas.