sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A lady

Como uma lady você surgiu em sua barca,
Surgiu em meus sonhos noturnos,
Deitado, dormindo e sendo contemplado,
Agraciado com sua bem vinda presença.

Pura assemelhando-se com uma ninfa,
Bela refletindo a majestade de Vênus,
Dessa vez mesmo em sonho você era minha.

Infelizmente falho em lembrar suas vestes,
Os detalhes dos acessórios me fugiram,
Minha memória tem vontade própria,
Pra ela você é mais importante.

Tenho uma mente egoísta e prática no amor,
Não desperdiçaria momentos nem mesmo em sonhos,
Lá estava você querendo-me sem pudores.

A fantasia propiciou tocá-la,
Mesmo sabendo ser tudo nevoa admirei seu corpo,
Passeei a língua entre seus dentes e foi real,
Confesso ao acordar tinha um sabor novo em meus lábios.

Nessa minha ilusão seus olhos eram esmeraldas
E não alazão como no dia em que lhe conheci,
Mas tão revelador; meigo e confuso como sempre foi.

No curto momento senti coisas novas,
Senti seu amor, carinho e apego,
Quando eu não estava você não estava,
Não era só uma amizade éramos amos amantes.

Você fitava os cabelos em minha velha cama,
Adorei o marrom dos seus cabelos e me entorpeci,
Como sonho em um sonho? Sem saber sonhei e flutuei.

Quando perguntaram se iríamos ficar sempre juntos,
Sem pensamentos lógicos, juntos respondemos que sempre,
Você estava perfeita caminhando pelos corredores de meu lar,
Lar que estava mais doce com a nova moradora.

Triste eu fiquei ao acordar e descobrir,
Descobrir que esses momentos foram irreais,
Olhei para lado e você não estava, nem mesmo o perfume.

Confortei-me com o gosto diferente nos lábios,
Talvez o gosto que não me deixo esquecer,
Esquecer dos falsos, mas lindos momentos,
Momentos que jamais serão reais.

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