terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Lua

Lua de desejos ardentes guardados em suas fases,
Seja ela qual for os enamorados adoram fazer amor em sua presença,
No verão ou inverno sua beleza renova e inspira o prazer,

Mulher do universo agraciada por mortais confusos,
Tão bela não precisa ser compreendida,
Assim como amor basta aprecia-la,

A mística de sua beleza fascina o invisível,
Inspira os vampiros e seus desejos por sangue,
E os licans com sua fome de carne fresca,

Uma eterna testemunha de amores infindáveis,
A beira da praia ou no alto da montanha,
Junto a ela o orgasmo se torna múltiplo,

Parte de livros e musicas por todas as terras,
Os artistas precisam de sua energia divina,
Só assim as mais belas obras se tornam eternas,

Todos a amam sem pudor ou medo,
Não há existência sem a beleza de sua face pálida,
Está que inspira a paixão até mesmo em corações de pedra,

Intrigante e apaixonante menina dos céus,
Não poderia deixar de olha-la todas as noites,
Você é de São Jorge é deslumbrante é beijo quente de verão.


Sozinho

A redenção está próxima do apocalipse,
Muitos precisam ir ao inferno para encontrar o céu,
Você pode dizer o que bem entender para as pessoas,
Elas não estão nem ai pra você na maioria das vezes,

Não importa o quanto seja egocêntrico,
Para muitos sua face é oculta como a beleza na visão do cego,
Pare de se inquietar com o tudo e o nada,

Sobre os erros de sua vida ao decorrer dos tempos,
Você pode até insistir neles pensando ser determinado,
Mas isso o torna mais um tolo boçal,

Por isso os sábios dizem,
Não de conselhos sem ter vivido um grande amor,
Isso seria tolice e pretensão dentro do copo vazio,

Se beber tenha uma overdose ou acorde de ressaca,
Ao contrario permaneça sóbrio,
O pecado é o mesmo,

Não poderíamos entender os alcoólatras sem provar a uva,
Sem excessos o homem seria bicho não pensante,
A incógnita é o se mostrar superior aos semelhantes,

As vidas se cruzam e descruzam,
Mas descruzar é mais difícil que você imagina meu caro,
Por isso seja um expert na arte de desfazer nós,

E quando o ultimo dia de suspiro terrestre for realidade,
Você começara a entender algo mais simples que imagina,
Entenderá que no final somente você será sua companhia,
Sendo assim, a eternidade será sua casa e você será sua família.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Dominadores da Razão

Nem sugando todo conhecimento de livros e sábios,
Pessoas podem fugir dos sentimentos dominadores da razão,
Tem coisas que não queremos entender de modo algum,
Talvez por pensarmos serem atitudes erradas no início da novela,

Nem mesmo com juras podê-se acalmar as emoções humanas,
Podemos falar coisas lindas às vezes eu penso,
Mas nossos olhos não podem mentir depois do golpe,
Talvez por tentar ser forte a dor aumenta e predomina,

Não ousaria fingir que está tudo bem,
Jamais poderia eu renunciar a insegurança de um passado,
Meu ego não permite tanta pureza angelical,

Não ousaria sequer imaginar um possível futuro,
Jamais poderia eu ser tão compreensível com os fatos vigentes,
Eu não acredito que o nada não existe nos novos tempos.

Não posso continuar a mercê de uma possível consternação,
Jamais aceitaria sofrer sabendo como é o sofrimento,
Meu ser não pode se sujeitar a dor do não ser.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Chorar, gritar, talvez amar


A carioca de beleza extravagante está triste,
E já não saboreia a tequila com a mesma boca,
O passado retornou em um novo corpo na vida presente,
Os anos passam e tudo parece se repetir,
Pode-se ver dor em suas atitudes impensadas,
E os sentimentos se abalam na sua mente agora depressiva,
Mesmo procurando com afinco não encontro suas risadas nos bares,
Questiono suas atitudes sem razão,
Por não poder mais entende-la como antes,

A mulher apaixonante se encontra em pranto,
O rosto encharcado de lágrimas de sangue salgado,
São as únicas testemunhas da dor do não saber pra onde ir,
A vida brinca com ela e fita seus cabelos longos,
Não há jogo algum que precisa ser vencido em sua existência,
Há sim vontade de modificar para aperfeiçoar,

Os dentes enfileirados na boca pequena são feitos para o cigarro,
Em meio à cortina de fumaça surgem pequenas lembranças,
Pensa em ir pra bem longe dos problemas,
Mas esses estão na sua mente,
O que poderá fazer a bela jovem,
Chorar, gritar, talvez amar,
Num dia nublado o que resta a ela é esperar o sol voltar,
Voltar a dar brilho na sua vida mundana,
História boêmia, biografia alegre, existência de liberdade para boas escolhas.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Mergulho no além


Sentado na praia ele vê o misterioso oceano,
O vento marítimo toca seu corpo e afaga seus medos,
Nem mesmo a chuva gelada tira a concentração do rapaz,

Como é lindo apreciar a imensidão das águas do mar,
O som das ondas é uma sinfonia de pureza inimitável,
Impossível não tirar os sapatos e caminhar pela areia branca,

Pensamentos ruins já foram esquecidos durante seus passos,
De longe algumas pessoas o observam com constância,
Mesmo daquela distante eles sentem que o rapaz é diferente de todos,

O jovem caminha a passos curtos até sentir a água banhar seus pés brancos como neve,
A chuva aumenta e a maré se torna tenebrosa a sua frente,
Mas sem para isso ligar ele se atira nas águas agitadas,

Os espectadores nada poderiam entender a respeito do fato observado,
Em meio a braçadas ele fica cada vez mais longe da praia,
Até o momento que desaparece em meio a chuva e ondas do atlântico,

Ninguém nada fez para salva-lo,
Talvez por pensarem que o jovem era um anjo passageiro,
Mas hoje quem acredita em anjos?

Após alguns minutos a chuva se foi e o mar tornou-se sereno,
Em meio ao brilho do sol um belo arco-íres se formou no horizonte,
E a única coisa que restou do menino foi o velho par de sapatos pretos.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Morrer para Nascer...


Um ponto inicial na vida velho homem quase morto,
Perto da passagem ele espera com tremor nas mãos a luz eterna,
Palavras fracas e olhos apagados são agora parte do seu eu,
Ele já não é capaz de caminhar com a mesma destreza,
Dizem que ele sofre em seu leito a espera do inevitável,
Vencido pelo próprio corpo que um dia já o fez vencedor,
Ele observa com seu olhar nebuloso a chuva de primavera,
Seus erros e acertos estão confusos em sua mente antiga,
Esta que parece pensar gota a gota sobre toda uma história,
O decrépito é incapaz de brincar nas poças das ruas da antiga vila,
Apenas em pensamento as molequisses são reais para o ancião,
O era uma vez de sua vida já está chegando ao fim,
Coração vagaroso como água calma de lagos europeus,
Já não pode ser vitima de grandes sentimentos antes tão intensos,
Talvez não agüentaria a euforia do fogo das paixões vigentes,
Ao voltar seus olhos para a parede da velha casa observa cada detalhe,
As rachaduras e os quadros guardaram muitas lembranças,
Lagrimas rolam e poetizam o momento de um corpo em seu arremate,
O filme é real e quando se pensa no passado é porque o fim está próximo,
Só ai ele entende a importância de sua existência,
O velho pai, avô, filho e neto descobre que ter a alma pura,
É chegar no fim de sua jornada e se tornar criança novamente,
E preparar-se para um novo nascimento,
E enfim começar o inicio da vida eterna na imensidão do universo,

Sem lamentações ou apegos ao mundo em que vivemos.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Jovem Fraco


Sem rumo ou direção,

Sem força e aptidão,

Mente fraca por falta de coração,

O jovem chora a beira do caixão,

Melancolia profunda sem explicação,

Cheiro de vergonha na imensidão,

O garoto grita por libertação sem respeitar seu próprio irmão,

A morte inevitável do varão,

Choro de medo de não ser tão o bom,

Faca cravada no coração,

O menino clama por compreensão sem ter nenhuma concepção,

Sem entender ao certo o que é razão,

Continua perdido na emoção,

Mente de pobre humano na perdição das conseqüências de um cão,

Cospe palavras sem pudor,

Xinga o mundo com intenção,

De ser mais um qualquer na urbanização,

Pobre garoto que acha que é homem corrompendo a nação,

Tenho pena do seu caráter,

Geração preguiçosa e covarde,

Mentiroso e vil garoto desprovido e putrefato,

Nas ruas pensam que são alguém,

A sociedade vai dar um jeito na corja,

Espero que tudo esteja limpo ao nascer do sol,

Sem covardes brincando com a vida dos outros.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Passagem

O poeta está sem idéias,
Talvez as palavras não mais o ambicionam,
Os verbos faltam e os belos adjetivos e substantivos também se extinguiram,

O poeta está sem cobiça,
Um bardo sem letras não é nada mais que nada,
Sem inspiração ele confunde pessoas maléficas com pessoas bem aventuradas,

O poeta está sem sopro,
Não mais se entrega a poesia que tanto amava,
Falta de amor ao bem querer das belas passagens,

O poeta está morto,
Momento confuso em sua mente artisticamente complexa e abandonada,
Nada mais poderia salvá-lo a não ser um grande apego,

O poeta está desencarnado,
Acabou sua vida mundana de boêmio e inconseqüente,
Quem mais poderia conhecê-lo agora a não ser ele próprio,

O poeta está a caminho,
Depois do mal provar ele enfim inicia o despertar da fênix urbana,
As vogais se misturam as consoantes e formam a vida da ave renovada pela própria chama,

O poeta está vivo,
A escrita já é real e sua poesia tem paixão sem limites,
Tudo que sempre quis encontrou em um velho bosque a beira de um lago artificial.

O poeta está eternizado,
Tudo que faz torna único e lindo como o riso da bela dama,
Voando por toda a história do mundo em livros e bocas o poeta se torna poesia.