sexta-feira, 12 de junho de 2009

Cachoeira da Usina

No meio do distante,
Juntos sem se conhecer,
Ambos apaixonados pelo desconhecido,

Presentes trocados após o beijo,
Amor feito com fervor,
Apenas as paredes testemunharam,
Trancados intensamente se amaram,

O mundo se resumiu ao chão,
A Terra parou no chuveiro,
E o ápice chegou junto à cama,

Longe de casa,
Distante da realidade,
Palavras de amor são trocadas,
Caricias intimas são desvendadas,

Mas em pouco tempo o elo é rompido,
A paixão não era para ser,
Ela desaparece e virá um mito,

Nada ele sabe-se sobre a branca,
Talvez a moça tenha um novo rapaz,
Quem sabe uma paixão mais intensa,
Ou tenha temor a algo incógnito,

Às vezes ele lembra a pousada,
No auge de suas lembranças imagina o flerte primeiro,
Pode até mesmo sentir o bálsamo e o beijo do passado,

Até hoje o rapaz se confunde,
Talvez uma intriga os tenha afastado,
Afinal ela o excluiu sem explicações e críticas,
E ofuscou-se em meio ao inalcançável,


Com o desencontro forçado a paixão deixou de ser,
O sexo tornou-se sinônimo de lembrança,
E o deslumbre agora é saudade.