sexta-feira, 29 de maio de 2009

Incontrolável

Sentir o cheiro dos cabelos perfumados,
Tocar o corpo molhado de suor da paixão,
Isso seria uma tortura até mesmo para mim,

Logo eu que dizia nada temer e nada sentir,
Maldita a essência perturbadora da mente,
Estou fora de mim e nem sei o que digo,

Agora vozes me dizem o que fazer,
Sou um homem que não se controla,
A alma traidora de si é suja como a sola,

Perversa que me faz insano,
Estou a ponto de loucuras fazer pelo prazer do gozo,
Minha esquizofrenia é pecaminosamente débil,

Sou provocado e persuadido,
O mais sábio homem cai diante da fera interna,
A força física de nada adianta sem o pensamento salutar,

Isso é incontrolável,
Serei abusado sem saber o porquê de minha insanidade,
Dizem que é paixão ou até mesmo obsessão,

O que sei é que minha mente não me pertence,
E nada consigo fazer para retomar o meu eu,
A não ser aceitar não ser.