terça-feira, 30 de junho de 2009

O Matador

Caminhou por ruas estreitas sozinho
Em meio ao frio pecaminoso de seus atos,
Não foi escravo de suas dores e nem senhor de seus desejos,
Atirou-se de corpo e abraçou com o espírito
E por isso foi ferido pelos tiros do matador,
Perfurado, sangrou no asfalto dos tolos e ladrões de sonhos,
Com espanto, olhou nos olhos do matador cego,
Gritou... Arrastou-se e bebeu seu próprio sangue,
O matador nada viu ou sentiu,
Apenas apertou o velho gatilho novamente,
Selou a dor física e congelou as traições sem um final feliz,
Ninguém os viu,
Não houve testemunhas humanas,
Também não existiu culpa,
O matador cego de paixão,
Tinha atirado por amor,
Sua honra fora lavada com sangue de irmão.

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