terça-feira, 6 de março de 2012

Evolução



Mais uma vida
Um rio novo
E o vento frio
É o tempo
Talvez o templo
A vereda de nossa evolução

Concluo que a compreensão
É passageira, costumeira
E cruelmente manipulada

Até mesmo o destino
É refém de seu reflexo
Intrigante e patético

Ontem um menino correu atrás de seu sonho
E não alcançou aquela pipa
Mas ele não chorou
Foi embora e esperou o dia seguinte

Tudo tão óbvio
Tudo tão simples
Sem saber o jovem compreendeu
Entendeu sua própria essência

Ingenuidade Lunar



A lua me explica com seu longínquo mistério
O quão frágil sou perante sua jovem beleza

A lua me explica com sua claridade noturna
O quão frágil sou surpreendendo sua presença angelical

Encostado em seus seios
Agarrados por seus braços
Posso crer na sabedoria lunar

Com vocês estou em paz
Tranqüilo em nossa plenitude
Posso compreender o desejo e o ciúme

Quão sábia é a lua
Observou minha felicidade

Porém quão ingênua é a lua
Não citou o nosso amor

Digo-lhe misteriosa amiga:
Amo a adolescente beleza
Amo a presença da paixão