sexta-feira, 22 de maio de 2009

Muro


Há possibilidades de não derrubar os muros,
Talvez as forças sejam ainda primitivas,
Nada sei sobre minha capacidade de ser,

A cada soco o concreto se torna mais duro,
Sinto-me um animal a beira do frenesi,
Tudo parece pior do que era antes

O sangue escorre pelos meus dedos,
Os golpes são violentos e rápidos,
Sei que essa dor é uma ilusão,

Como posso estar preso dentro de meu eu,
Tenho que sangrar minha alma,
Preciso nascer para vida,

Os muros serão quebrados,
Preciso do sol e da lua,
Sinto falta de mim,

Quero a liberdade de nós mesmos,
Preciso abraçar o gostar de ser quem sou,
Não pode haver barreiras internas,

Muros quebrados,
Punhos curados,
Vidas livres de culpas.