domingo, 28 de junho de 2009

Lágrimas da Natureza

Hoje sentei nas margens do rio e somente observei,
Vi a correnteza violenta arrastar os carros e afogar as moradas,
Olhei a mulher chorando sem saber o porquê,

Ontem ainda não havia aquele rio ali,
Não tinha correnteza violente e nem casas flutuantes,
A mulher também não chorava como agora,

Pensei muito, indo e vindo em minha cronologia mental,
Não encontrei explicações, somente frustrações,

Será que a água veio hoje para levar a vida?
Talvez ela tenha duas funções ou esteja apenas triste,

Homens e mulheres chorando,
Crianças também choram sem parar,
Todos choram até mesmo os pássaros,
Como aquele carro pode flutuar se nem barco é?

Muitos estão sem lares e lugares,
Alguns nem mais estão,
Quem pagará pela fúria natural,
Está que dizem que já nem é mais natural.

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